País está mais urbano, mais florestal e menos agrícola

Estudo da Direcção-Geral do Território foi à procura das “dinâmicas territoriais” entre 1995 e 2010. Mais de um milhão de hectares do território nacional mudou de ocupação.

Uma equipa da Direcção-Geral do Território (DGT) revisitou os estudos cartográficos sobre a ocupação do solo em Portugal entre 1995 e 2010 e produziu o retrato das mudanças que apontam para um país mais urbano, mais florestal e menos agrícola.

Entre os anos de forte crescimento económico da segunda metade dos anos de 1990 e as proximidades da crise financeira de 2011, mais de 1,1 milhões de hectares do território nacional mudaram de ocupação, o que dá uma média próxima de 75 mil hectares por ano. Mas a velocidade da mudança foi desigual no período: entre 1995 e 2007 a transformação no território ocorreu a uma velocidade quatro vezes superior ao ritmo registado entre 2007 e 2010.

Nesta mudança constatada pela análise das cartografias sobre o uso e ocupação dos solos, os especialistas constataram que a floresta portuguesa, que domina 39% do território nacional, reforçou o seu peso, com um alargamento da sua área próximo dos 200 mil hectares. Boa parte desta expansão fez-se à custa das pastagens e, principalmente, da agricultura, cuja ocupação do solo regrediu 188 mil hectares. E entre outras mudanças menos relevantes, os especialistas notaram que no espaço de um quarto de século as áreas dedicadas aos territórios artificializados, onde entram as habitações, os espaços industriais, as estradas, as ferrovias ou os aeroportos, registaram um crescimento na ordem dos 108 mil hectares. Em 2010, estes territórios representavam já 5% da área total do país.

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